sexta-feira, 23 de abril de 2010

Feijoada dupla

Eta fim de semana bom e gordo. Tive o prazer, em dose dupla, de apreciar, e com muito gosto e nem um pouco de miséria, um dos meus pratos preferidos. A brasileiríssima feijoada. Feijão preto, os grãos tenros e com caldo grosso, pretinho....Carne seca, linguiça e paio...Para mim não precisa de muito mais. Mas minha mãe garante que se não tiver aquele restante de ingredientes - não raramente deixados de lado por muita gente, inclusive por mim - como as 'partes brancas', de peles e pés, do suíno, é que dão o sabor iniguilável da boa feijoada. Deve ser verdade, porque as feijoadas completas, que vêm em cumbucas, com todos os ingredientes, são mais saborosas mesmo. Então prefiro assim mesmo, deixando no fundo da panela as partezinhas que não quis, mas que servem para o toque final.
Sábado, a feijoada foi da Cozinha do Mário. É maravilhosa! Saborosíssima. O prato é individual, acompanhado de arroz, couve. Vinagrete e farofa são servidos nos potinhos. Divina! E o restaurante Cozinha do Mário, no Bonfim, é aquele típico lugar que ninguém dá nada ao passar pela fachada. E está sempre lotado. A feijoada é somente uma das preciosidades do local.
Domingão, a feijoada da mama, sempre boa! Com todos os acompanhamentos a que se tem direito. Pena que eu não peguei uma marmita.
Ainda irei pesquisar e quero descobrir o porquê as feijoadas são servidas, até onde sei, toda quarta-feira e sábado. De onde veio isso? Acho ótimo, porque dois dias de opção de feijoada é uma pedida - ou melhor duas - e tanto. Outro item é sobre a origem desse prato tão cultural. Já foi disseminado que a feijoada foi criada na época da escravidão, em que os tidos trabalhadores servis juntavam os restos da carne de porco - que os senhores não queriam comer - e misturavam ao feijão preto que lhes era destinado. Com o tempo, o prato teria caído no gosto popular e, claro, sendo incrementado com outras carnes, ganhando acompanhamentos e tornando-se o que é hoje. Porém, já li que essa história é mesmo só uma história e que a feijoada teve outra origem, a qual pretendo pesquisar...O que importa mesmo é que ela existe e está aí, toda quarta e sábado, nos restaurantes. Em casa, quando der vontade. Os ingredientes são fáceis de encontrar.
Taí algo que cidadãos e visitantes de Campinas não podem reclamar. Há muitos lugares para se esbaldar em boas feijoadas. Com ingredientes juntos ou separados, vamos lá.

Cozinha do Mário: já contei sobre a feijoada do Mário. Vale a pena. Prato individual, completo e preço justo. Muito saborosa, tem de experimentar. O ambiente é bem simples, há mesas de plástico e de madeira. Tem de retirar o prato no balcão, assim que a senha avisa.

Nono Miquele: no Guanabara, toda quarta e sábado, com ingredientes separados nos panelões do bufê. Sistema por quilo.

Vila Real: do Royal Palm Plaza. Infelizmente não tive quórum financeiro para tal. Mas é um desejo, confesso. Já ouvi dizer que é maravilhosa, com ingredientes separados, sistema de bufê.

Empório do Nono: a feijoada vem na cumbuca, os acompanhamentos no prato individual. Muita saborosa e farta, preço justo. E pode acompanhar com o bom chope da casa.  A la carte. Se a fome estiver grande, é o momento de aproveitar para apreciar um dos ótimos bolinhos, como o de abóbora com carne seca.

Rosário: tradicional na cidade, com toalhas de pano nas mesas. Há anos a feijoada do Rosário é estrela do cardápio.  Um dos pratos mais pedidos na entrega. Se comer na casa, aproveite, é farta, preço justo. Totalmente à la carte. O feijão com as carnes vem na cumbuca e os demais ingredientes em baixelas. Acompanha até a laranjinha digestiva.

Eden Bar: idem ao Rosário. além do tradicional a la carte, tem no bufê, com todos os ingredientes num panelão mesmo.

Feijão com Tranqueira: quando a estrada depois de Joaquim Egídio aparentar que não se leva mais a lugar algum, o restaurante desponta. A feijoada, a la carte, é farta. Feijão com carnes na cumbuca, arroz, couve, muito torrresmo. É para se esbaldar e a recomendação é não ir embora logo em seguida, a missão é quase impossível. A típica 'leseira' proporcionada por feijoadas é imbatível nesse referido caso. O discernimento fica confuso e o sonho é ter uma rede...Na ocasião, vale dar um passeio na área externa do restaurante, que fica nos fundos, onde há árvores e animais.

Bar Astor: feijoada maravilhosa, servida a la a carte. Arroz, couve e farofa são servidos no prato individual e cada item da feijoada vem numa graciosa panelinha esmaltada. Saborosíssima e pode ser acompanhada com o cremoso chope da casa. Sem contar o ambiente, refinado e ao mesmo tempo informal, com decoração dos antigos botecos paulistanos.

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