quarta-feira, 14 de abril de 2010

Espigas

Pipoca, canjica, fubá, bolo, farinha, creme, pamonha, suco, ao natural...Em lata ou na espiga, eis o milho. O grão dourado é um dos mais versáteis da cozinha e, talvez por isso, um dos cereais mais consumidos no Brasil. E como é bom! Não só em se tratando de nutrientes - o milho é rico em carboidratos, o que fornece muita energia, além de porçõezinhas de proteínas, fibras e lipídios - mas do sabor, do prazer de dar uma dentada e sentir a película dos grãos de milho sendo rompida, com o peculiar e sutil som de "cloc". Assisti à uma singela contação de histórias, no fim de semana, no Parque Ecológico, em Campinas. Era da Fundação Educar DPaschoal e contaram a história de uma tribo que, faminta, saiu em busca de alimento e deixaram para trás o velho Auati, que não aguentaria seguir em expedição. A neta, condoída da condição do querido avô, ficou com ele. Os dois, quase morrendo - literalmente - de fome, conseguiram, com ajuda divina, sementes de grão dourado. Belas, e que saltaram do solo fornidas de espigas maravilhosas, que mataram a fome de toda tribo, para sempre, incluindo aqueles que tinham viajado. Sendo assim, o milho ficou conhecido como auati, homenagem ao velho índio que quase morreu de fome, mas foi brindado com as 'mágicas' sementes. Essas que deram origem a uma infinidade de pratos.
Em homenagem, também tinha auati em casa. E, mais fácil impossível, cozinhei as belezuras na pressão e saboreei com sal e manteiga...Que simples prazer!

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